Tom: G Intro: G C9 G C9 G Am9 Em9 Am9 G Am9 Em9 Am9 G C9 G Dizem que um velho prometia C9 G Fazer chover pelo sertão Am9 Em9 Das mandingas que sabia Am9 G Reza canto e benzição D C9 G Caminhando entre os mandacarus D C9 G As mobílias da pobreza Am9 Em9 Por cirandas de urubus Am9 G Sob o sol e a peleja D C9 G Cada raio queima uma esperança vil D C9 G Se é de Deus seja bem vindo Am9 Em9 Mas quando a chuva molha o grão Am9 Me perdoe meu senhor G A terra fica sorrindo C9 G Os repentes que cantava C9 G Parecia uma oração Am9 Em9 A Iara a mãe d'água Am9 G Um suplício ao Deus trovão D C9 G Na gibeira um amuleto, um condão D C9 G Era um velho pergaminho Am9 Em9 Am9 Parecia poetizar e rimava com amar G O que via no caminho D C9 G Ele ergueu pro céu seu terço de marfim D C9 G E aos brados ele rogava Am9 Em9 Am9 De repente ecoou por todo aquele sertão G Uma grande trovoada C9 G E choveu por treze dias C9 G Treze noites sem parar Am9 Em9 Am9 G Inundado de alegria o povo vinha louvar D C9 G Lágrimas se misturavam ao temporal D C9 G E formavam uma enxurrada Am9 Em9 Am9 A chuva encharcava o chão gado e o milharal G E as mãos tão calejadas D C9 G E molhava aquela esperança vil D C9 G Do verde que se sonhava Am9 Em9 Am9 Que cobria a plantação lhe agradeço meu senhor G E o olhar de quem olhava C9 G E o velho virou poeira C9 G Ou será que se perdeu Am9 Em9 Am9 G Virou anjo ou estrela ele desapareceu D C9 G Muitos dizem que ele era o próprio Deus D C9 G Pela fé que ele pregava Am9 Em9 Am9 Transmitia amor e paz um amar, amar, amar G Por onde ele passava D C9 G Talvez fosse fruto da imaginação D C9 G Desse povo tão sofrido Am9 Em9 Que se agarra aos seus santos Am9 Pra ludibriar os prantos G Se mantendo sempre vivo D C9 G Onde o velho fez a última oração D C9 G Construíram uma capela Am9 Em9 Am9 No altar seu pergaminho com suas manuscrições G (G C9 G C9 G Am9 Em9 Am9 G Am9 Em9 Am9 G) Alimentam essa quimera