Wander Sáh

Quimera do Sertão

Wander Sáh


Tom: G

Intro: G C9 G C9 G Am9 Em9 Am9 G Am9 Em9 Am9 G

C9                        G
Dizem que um velho prometia
C9                    G
Fazer chover pelo sertão
Am9                Em9
Das mandingas que sabia
Am9               G
Reza canto e benzição
D     C9          G
Caminhando entre os mandacarus
D     C9          G
As mobílias da pobreza
Am9               Em9
Por cirandas de urubus
Am9              G
Sob o sol e a peleja
D     C9             G
Cada raio queima uma esperança vil
D       C9            G
Se é de Deus seja bem vindo
Am9                         Em9
Mas quando a chuva molha o grão
               Am9
Me perdoe meu senhor
                 G
A terra fica sorrindo
C9                G
Os repentes que cantava
C9            G
Parecia uma oração
Am9            Em9
A Iara a mãe d'água
Am9                    G
Um suplício ao Deus trovão
D     C9         G
Na gibeira um amuleto, um condão
D       C9       G
Era um velho pergaminho
Am9          Em9              Am9
Parecia poetizar e rimava com amar
               G
O que via no caminho
D      C9               G
Ele ergueu pro céu seu terço de marfim
D       C9         G
E aos brados ele rogava
Am9         Em9                   Am9
De repente ecoou por todo aquele sertão
               G
Uma grande trovoada
C9                   G
E choveu por treze dias 
C9                 G
Treze noites sem parar
Am9            Em9  Am9            G
Inundado de alegria o povo vinha louvar
D     C9          G
Lágrimas se misturavam ao temporal
D     C9           G
E formavam uma enxurrada
Am9                   Em9             Am9
A chuva encharcava o chão gado e o milharal
                   G
E as mãos tão calejadas
D     C9         G
E molhava aquela esperança vil
D   C9             G
Do verde que se sonhava
Am9            Em9                      Am9
Que cobria a plantação lhe agradeço meu senhor
                     G
E o olhar de quem olhava
C9                G
E o velho virou poeira
C9               G
Ou será que se perdeu
Am9              Em9  Am9         G
Virou anjo ou estrela ele desapareceu
D       C9           G
Muitos dizem que ele era o próprio Deus
D       C9         G
Pela fé que ele pregava
Am9               Em9                Am9
Transmitia amor e paz um amar, amar, amar
               G
Por onde ele passava
D       C9         G
Talvez fosse fruto da imaginação
D       C9        G
Desse povo tão sofrido
Am9                  Em9
Que se agarra aos seus santos
                 Am9
Pra ludibriar os prantos
                   G
Se mantendo sempre vivo
D        C9         G
Onde o velho fez a última oração
D     C9          G
Construíram uma capela
Am9              Em9                    Am9
No altar seu pergaminho com suas manuscrições
                  G       (G C9 G C9 G Am9 Em9 Am9 G Am9 Em9 Am9 G)
Alimentam essa quimera