Alfaiate, eu sou da tristeza Costuro esses dias nas horas vazias Emendo a saudade na dor infinita de ter que viver Alfaiate, na máquina fria pedalo esta angústia Vitória ou fracasso, modelo de abraço E, em ponto por ponto, feitio de você Alfaiate, cortando lembranças Pregando esperanças, eu venho da fome Sem tempo e sem nome Vestindo de sonhos um mundo de horror Alfaiate, da roupa do nada Vestido de trapos, modelos de abraços Feitio de cansaço, caminho de agulhas Num pano sem cor