Palmeira e Piraci

Sereno do Varjão

Palmeira e Piraci


Ai, eu sô de todo os cravo
Parente de todas flô
Eu falei co meu benzinho
No passá de um corredô
Se eu soubesse não te amava
E não sofria tanta dô

Era uma noite de escuro
Uma noite de escuridão
Moça tá me rodeando
Coisa sem comparação
Moça qué fugi comigo
Ai, eu não tenho inclinação

Com a palavra que ela disse
Deu um esbarro no alazão
Ele chegô na carçada
Chegô e botô as mão
Ela foi, virou e me disse
Ai, tô curtida de paixão

Dei um tiro na cunversa
Moça sem imaginação
Minina, teu pai é bravo
Ele tem muita rezão
Ele chega e pega nóis
Ai, na nossa inamoração

Fui descendo rua abaixo
Nessa mesma direção
Cidade de Bariri
Lá perto de uma estação
Uma moça me chamô
Ai, venha cá meu coração

No caminho num bebo nada
Passo a sumo de limão
Bebo água serenada
Suspiro que as moças dão
Acabou-se o pingo d’água
Ai, do sereno do Varjão