Mauro Moraes

Metendo Ficha

Mauro Moraes


Eu colho aquilo que planto									
Cuidando do campo, mateando pelo galpão...									
E levo a vida de arrasto									
Tocando pro gasto, proseando com a criação!									

Eu baldo as vistas lá fora,									
Botando pra fora as mágoas sem serventia...									
E ainda junto nos bastos									
Os mesmos cavalos que encontro pelas porfias!									

(Com  as rodilhas abertas									
A armada do laço cai sobre a anca...									
E a alma enche a gambeta									
Com todas as letras, campeando por conta!) Bis									

(Amada, o tempo é feio e anda de rengueá cusco,									
Cortando pelo meio um coração gaúcho.									
E a gaita, xirú véio, num vale-quatro amigo,									
Anda de peito inflado amadrinhando o ouvido!)Bis