Talvez pudesse o tempo parar Quando tudo em nós se precipita Quando a vida nos desgarra os sentidos E não espera, ai quem dera Houvesse um canto para se ficar Longe da guerra feroz que nos domina Se o amor fosse como um lugar a salvo Sem medos, sem fragilidade Tão bom pudesse o tempo parar E voltar-se a preencher o vazio É tão duro aprender que na vida Nada se repete, nada se promete E é tudo tão fugaz e tão breve Tão bom pudesse o tempo parar E encharcar-me de azul e de longe Acalmar a raiva aflita da vertigem Sentir o teu braço e poder ficar E é tudo tão fugaz e tão breve Como os reflexos da lua no rio Tudo aquilo que se agarra e já fugiu É tudo tão fugaz e tão breve