Sou o frio da cova rasa Sou brasa de uma fogueira Eu sou o canto encantado Do sabiá na mangueira Sou ferro de ferradura E pedra de atiradeira Sou tiro de bacamarte Na mira da mão certeira Sou jogo da amarelinha Que a gente tem que pular Não pode pisar na linha Se pisa, tem que voltar Sou linha de carretel Sou pipa de rabiola Sou um verso de cordel Sou cerol de vidro e cola Sou as linhas do destino Traçadas na tua mão Sou o martelo da culpa E a clemência do perdão