Josias Morais

Caminhada Sangrenta

Josias Morais


Queria saber de qual espinheiro que alguém cortou
Um galho de espinhos
Tecendo a coroa do meu salvador
Pobre espinheiro nunca pensaria
Que algum dia alguém lhe usaria
Para maltratar a quem te plantou

Espinho malvado
Que feriu a fronte do meu salvador
Banhando em sangue a face do senhor
Aumentando assim mais
A sua dor
Espinho malvado
Quem sabe algum dia vai reconhecer
Que a tua semente não devia nascer
Para nunca mais torturar alguém

Sua mãe chorando
Seu filho querido levando a cruz
Rumo ao calvário, sendo maltratado, o meigo Jesus
Cuspiram em seu rosto, quanta judiaria
Com o peso da cruz sentindo agonia
Como ovelha muda nada reclamou
A passos lentos
Caminhando vai
Com aquela Cruz
Curva da estrada acolhe Jesus
E o sangue inocente até no chão chegou
Espinho malvado
Quem sabe algum dia vai reconhecer
Que aquela semente não devia nascer
Para nunca mais torturar alguém