Disse um campônio a sua amada Minha idolatrada, diga o que quer Por ti vou matar, vou roubar Embora tristeza me cause, mulher Provar quero eu que te quero Venero teus olhos, teu porte, teu ser Mas diga tua ordem, espero Porque não importa matar ou morrer Ela disse ao campônio a brincar Se é verdade tua louca paixão Partes já e pra mim vai buscar De tua mãe inteiro o coração A correr o campônio partiu Como um raio na estrada sumiu E sua amada qual louca ficou A chorar na estrada tombou Chega à choupana o campônio Encontra a mãezinha ajoelhada a rezar Rasga-lhe o peito o demônio Tombando a velhinha aos pés do altar Tira do peito sagrando Da velha mãezinha o pobre coração E volta a correr proclamando Vitória, vitória tem minha paixão Mas em meio da estrada caiu E na queda uma perna partiu E à distância saltou-lhe da mão Sobre a terra o pobre coração Nesse instante uma voz ecoou Magoou-se pobre filho meu Vem buscar-me, filho, aqui estou Vem buscar-me que ainda sou teu