Joanna Newsom

Divers

Joanna Newsom


A diver is my love
And I am his, if I am not deceived
Who takes one breath above for every hour below the sea

Who gave to me a jewel
Worth twice this woman's life, but would cost her less
Than laying at low tide to see her true love phosphoresce

And in an infinite regress
Tell me why is the pain of birth
Lighter borne than the pain of death?
I ain't saying that I loved you first
But I loved you best

I know we must abide
Each by the rules that bind us here:
The divers and the sailors and the women on the pier

But how do you choose your form?
How do you choose your name? How do you choose your life?
How do you choose the time you must exhale and kick and rise?

And in an infinite capsize
Like a bull tearing down the coast
Double hulls bearing double masts
I don’t know if you loved me most
But you loved me last

Recall the word you gave
To count your way across the depths of this arid world
Where you would yoke the waves and lay a bed of shining pearls

I dream it every night:
The ringing of the pail, the motes of sand dislodged, the shucking, quick and bright:
The twinned and cast off shells reveal a single heart of white

And in an infinite backslide
Ancient border, sink past the West
Like a sword at the bearer's fall
I can't claim that I knew you best
But did you know me at all?

A woman is alive, a woman is alive
You do not take her for a sign
In nacre on a stone, alone, unfaceted and fine

And never will I wed
I'll hunt the pearl of death to the bottom of my life
And ever hold my breath till I may be the diver's wife

See how the infinite divides
And the divers are not to blame
For the rift spanning distant shores
You don’t know my name
But I know yours

Um mergulhador é o meu amor
E eu sou dele, se eu não estiver enganada
Que respira fundo na superfície para cada hora abaixo do mar

Que me deu uma joia
Valendo o dobro da vida desta mulher, mas que a custaria menos
Do que deitar na maré baixa para ver seu verdadeiro amor fosforescer

E em uma regressão infinita
Me diga por que a dor do nascimento
É fardo mais leve do que a dor da morte?
Não digo que te amei primeiro
Mas te amei melhor

Eu sei que devemos respeitar
Cada um pelas regras que nos prendem aqui:
Os mergulhadores e os marinheiros e as mulheres no píer

Mas como você escolhe sua forma?
Como escolhe seu nome? Como escolhe sua vida?
Como você escolhe a hora de expirar e chutar e se erguer?

E num emborcar infinito
Como um touro rasgando a costa
Cascos duplos carregando mastros duplos
Eu não sei se você me amou mais
Mas você me amou por último

Relembre a palavra que deu
Para contar sua maneira pelas profundezas desse mundo árido
Onde você juntaria as ondas e deitaria uma cama de pérolas brilhantes

Eu sonho isso todas as noites:
O tilintar do balde, os grãos de areia deslocados, o abrir das ostras, rápido e brilhante:
As conchas geminadas e esquecidas revelam um único coração branco

E em um retrocesso infinito
Fronteira anciã, que afunda além do Ocidente
Como a espada na queda de seu portador
Eu não posso afirmar que eu te conhecia melhor
Mas você sequer me conhecia?

Uma mulher está viva, uma mulher está viva
Você não a considera um indício
No nácar em uma pedra, sozinha, não-lapidada e fina

E nunca me casarei
Vou caçar a pérola da morte até o fundo da minha vida
E sempre prender a respiração até me tornar a esposa do mergulhador

Veja como o infinito se divide
E os mergulhadores não são culpados
Pela fenda que se estende for costas distantes
Você não sabe o meu nome
Mas eu sei o seu