George Durand

Naufragados

George Durand


Se o farol acendesse o cais
E esse coração que eu jamais.
Se os olhos do farol avistassem
Caravelas e piratas.

Meu coração banal,
Velho bêbado dos barris,
Olhando a velha fortaleza,
Gritaria do alto mar:
"minha terra à vista"

Sem jamais perder aposta
E das imagens das encostas
Ver um corpo de mulher.

Mas navegar é preciso
Até cansar de sonhar
E navegar.