Dikamba Wa Ufolo

Nzala Ni Rinhota (part. Hebo Imoxi)

Dikamba Wa Ufolo


São as massas de pequenos negócios e multas avoltadas
Acabrunhados pela crise e por dívidas arrumadas
São as massas massacradas como visitas
Por uma praga de funcionários venais e parasitas

Tenho fome, tenho sede, a minha fome tudo pede
Tenho fome, tenho sede, a minha sede mão se mede
Tenho fome, tenho sede a minha fome de mim nada perde
Tenho fome, tenho sede, a minha sede ninguém percebe

São as massas sem pais, são as massas sem importância
São as massas sem sonhos, são as massas sem esperança
Querem ser o que querem, o que querem não podem
Querem ser o que esperam, o que esperam não podem

Da liberdade que se transforma em certeza
Da verdade que se fez norma com clareza
A fome não convém e a sede também
O homem faz o mal pela ignorância do bem

O povo

Ligo a rádio é o mesmo tédio é o assédio do azedo
Tredo enredo e o veneno no remédio é dessegredo
Olha instabilidade e do estado prometedor
É tanta habilidade do estado comprometedor

Fome derruba leva à tumba e a turba se perturba
Ninguém bumba, nem aduba, cá caímos na macumba
A vida é catacumba, então, aqui quem maia; Cuba

E a inópia estrema é o emblema, põe algema no dilema
O tema é problema, o esquema do sistema

O clima se prima o desfavor se legitima
Kukala nzala ni rinhota, é ndolo ku muxima
A sede abate e devasta, fome do embate que assola
Sede que vai e afasta, que subtrai e isola

Nzala é um cão do regime com tonismo a mordicar
E nossa vida a modicar, ninguém para medicar
É a nossa vida degradar e o sistema só s olhar