São as massas de pequenos negócios e multas avoltadas Acabrunhados pela crise e por dívidas arrumadas São as massas massacradas como visitas Por uma praga de funcionários venais e parasitas Tenho fome, tenho sede, a minha fome tudo pede Tenho fome, tenho sede, a minha sede mão se mede Tenho fome, tenho sede a minha fome de mim nada perde Tenho fome, tenho sede, a minha sede ninguém percebe São as massas sem pais, são as massas sem importância São as massas sem sonhos, são as massas sem esperança Querem ser o que querem, o que querem não podem Querem ser o que esperam, o que esperam não podem Da liberdade que se transforma em certeza Da verdade que se fez norma com clareza A fome não convém e a sede também O homem faz o mal pela ignorância do bem O povo Ligo a rádio é o mesmo tédio é o assédio do azedo Tredo enredo e o veneno no remédio é dessegredo Olha instabilidade e do estado prometedor É tanta habilidade do estado comprometedor Fome derruba leva à tumba e a turba se perturba Ninguém bumba, nem aduba, cá caímos na macumba A vida é catacumba, então, aqui quem maia; Cuba E a inópia estrema é o emblema, põe algema no dilema O tema é problema, o esquema do sistema O clima se prima o desfavor se legitima Kukala nzala ni rinhota, é ndolo ku muxima A sede abate e devasta, fome do embate que assola Sede que vai e afasta, que subtrai e isola Nzala é um cão do regime com tonismo a mordicar E nossa vida a modicar, ninguém para medicar É a nossa vida degradar e o sistema só s olhar