Desaforo Norte

Cruz Norte (part. Jiló)

Desaforo Norte


Cada cruz que se carrega no peito traz a verdade
Pronto pro baque a força tá dentro de nós
Na mente as certezas do caminho, a dor é o gatilho
Fé é o disparo e o que dispara a nossa voz

Pronto pra essa guerra mundana
E o fogo que hoje destrói a terra
Nasceu de uma chama humana
Vaidade, contrapondo a luz que existia no início
Marco zero: Hoje eu entendo o ofício o dever nos chama

São luzes e flashes na madrugada
Ofertas sem amor e sem pudor te brindam nessa jornada
Seduzem sua mente conturbada
Que deslumbrada não enxerga
O tamanho dessa emboscada

É o ferro que queima e hoje te marca
Ele é de cobre, te encobre, cê até corre
Mas não adianta ele é navalha
É holofote, se cê fraquejou já foi bote, não tem sorte
Não se esconde, quando ele te encontra é morte

Corte a cena, o que encanta é o que envenena
Prazeres momentâneos, voláteis são algemas
E o problema que hoje cê carrega cê propaga
Descarrega sua alma na vida de outro ser. Oh

A empatia hoje em falta da a sentença
O que cê planta é o que cê colhe, é a lei da vida, é o sistema
Vive o dilema entre o que é certo
E o necessário e onde sua alma se encontra
Só depende de você

A vida, e os dois lados da moeda
Tudo é escolha e tem um preço, cê paga o que cê puder
E se prepara que o que cê viu na jornada é só a ponta dessa cruz que pesa várias toneladas

Irmão, venho da Norte, com habilitação e porte
Pra provar que mesmo os fortes na vida não vão prever
E se o destino tá escrito nas estrela e nós não alcança é um sinal
Interprete ele como bem entender

[Jiló]
O fardo dessa cruz já ficou lá, e ele carregou por mim
Mas ainda sim sei que cada um tem a sua
Se eu me enfraquecer não me acusa
Nenhum fardo lhe é dado se você não pode suportar