Chao Nativo

Morena Olhos D'água

Chao Nativo


Já são visíveis, os traços da lida dura
A estampa, a figura de um campeiro já cansado
Que sólito estropiado, segue livre como o vento
Um verso triste, um lamento, de uma vida sem costado

Mas chega o dia, quando menos se espera
No fundo de uma tapera, uma morena olhos d'água
Faceira de fronte ao rancho, tratando da bicharada
Um ânsia acolherada responde um sorriso num 'Oh de casa'

Adentro bolicho permisso paisano na informação
Notei na estrada uma velha tapera, não tinha cancela nem pingo ao galpão
No passado foi uma estância batizada Timbaúva
Há tempos não tem patrão, só galinha, uns porco o piá e a viúva

Morena, aceite a proposta escuta o que eu disse
Seja minha parceira em nossa velhice
Arremato tudo do jeito que dá, não precisa mudar
Um campeiro pra lida, um parceiro pra vida e um pai, pro teu piá