Cenair Maicá

Mágoas de Posteiro

Cenair Maicá


Tom: D

[Intro] D  Em  A7 
        D  D7  G
        D  A7  D

                        B7             Em
Voltei ao rancho da querência onde nasci
             A7                    D
Vim ao tranquito assobiando uma vaneira
                       B7             Em
Não vi ramada, não vi rancho nem mangueira
          A7                      D
Pensei comigo, com certeza me perdi

                    B7               Em
Campo lavrado no lugar que era o potreiro
          A7                  D
Campo lavrado no pelado do rodeio
                        B7           Em
E o braço erguido no pedaço de um esteio
           A7                         D
Adeus pra sempre do meu rancho de posteiro

          F#7             Bm
(Berro de gado, rincho de potro
          E7            A7
Canto de galo, riso de gente
            G       G#º      D
Tenho o passado, perdi o presente
          A7               D
Beira de povo, meu tempo é outro)

( D  Em  A7 )
( D  D7  G )
( D  A7  D )

Por que será meu rancho velho
Te arrancaram com terra e tudo do meu chão de primavera?
Por que será meu rancho velho
Te negaram de ter ao menos o direito a ser tapera?

                        B7         Em
O ronco estranho do trator substituindo
           A7                         D
A voz dos pastos, da ternura e da inocência
                  B7         Em
Monocultura tenazmente destruindo
           A7                         D
Memória e campo que roubaram da consciência

                         B7           Em
Eu tenho ganas que este maula sem respeito
           A7                           D
Que fez lavoura da invernada onde eu vivia
                        B7          Em
Tente arrancar a grama verde de poesia
            A7                       D
Deste Rio Grande que carrego no meu peito

( D  Em  A7 )
( D  D7  G )
( D  A7  D )