Deixa eu jogar no vento, palavras dizem pouco Nessa terra de cego eu desvio dos pipocos Daqui eu não quero nada aí fica com o troco Eu sigo na levada tru, mó som de loco Não sei quem mais tá certo: Quem? Quem tá com a razão? Quem vive no comando? Quem sonha em ser patrão? Cada um no seu castelo, cada um na sua rotinha Regado a prozac, café ou cocaína Todos invisíveis esperando um holofote Pisando entre cobras prontas para dar o bote Uma preza muito fácil, que encontrou abrigo tô bem acompanhado com o meu fone de ouvido Te incomoda? Na pura calma meu senhor Deixa eu jogar no vento meu poema sem valor Te incomoda? Na pura calma meu senhor Deixa eu joga no vento...oio Ultrapassa meu papel, muito além da minha vontade São flores que hoje brotam pra ficar pra eternidade Pra me tirar dos ombros o peso da cobrança Pra alimentar meus olhos, deixa eu ver a esperança Me deixe trilhar por amor meu caminho Sabendo que o lado mal se destrói sozinho Sigo escrevendo certo entre raciocínios tortos Refazendo sentimentos que em muitos estão mortos É por isso que eu te peço...Por favor Deixa eu jogar no vento meu poema sem valor Te incomoda? Na pura calma meu senhor Deixa eu jogar no vento meu poema sem valor Te incomoda? Na pura calma meu senhor Deixa eu joga no vento...oio Que a babilônia venha em forma de poesia Pra tornar menos amargo o meu pão de cada dia Que haja melodia pra eu poder evitar Tudo aquilo que eu não gosto e não quero gostar Inevitavelmente eu me torno vagabundo Não quero trabalhar pras desgraças desse mundo Deixe que eles falem, deixe que eles gritem No mundo das verdades, palavras não transmitem nada Seguir na pura calma é o que eu quero pra mim Pra não vender minha alma quando chegar no fim