Casa di Caboclo

Te Incomoda

Casa di Caboclo


Deixa eu jogar no vento, palavras dizem pouco
Nessa terra de cego eu desvio dos pipocos
Daqui eu não quero nada aí fica com o troco
Eu sigo na levada tru, mó som de loco

Não sei quem mais tá certo: Quem?
Quem tá com a razão? Quem vive no comando?
Quem sonha em ser patrão?
Cada um no seu castelo, cada um na sua rotinha

Regado a prozac, café ou cocaína
Todos invisíveis esperando um holofote
Pisando entre cobras prontas para dar o bote
Uma preza muito fácil, que encontrou abrigo
tô bem acompanhado com o meu fone de ouvido

Te incomoda? Na pura calma meu senhor
Deixa eu jogar no vento meu poema sem valor
Te incomoda? Na pura calma meu senhor
Deixa eu joga no vento...oio

Ultrapassa meu papel, muito além da minha vontade
São flores que hoje brotam pra ficar pra eternidade
Pra me tirar dos ombros o peso da cobrança
Pra alimentar meus olhos, deixa eu ver a esperança

Me deixe trilhar por amor meu caminho
Sabendo que o lado mal se destrói sozinho
Sigo escrevendo certo entre raciocínios tortos

Refazendo sentimentos que em muitos estão mortos
É por isso que eu te peço...Por favor
Deixa eu jogar no vento meu poema sem valor

Te incomoda? Na pura calma meu senhor
Deixa eu jogar no vento meu poema sem valor
Te incomoda? Na pura calma meu senhor
Deixa eu joga no vento...oio

Que a babilônia venha em forma de poesia
Pra tornar menos amargo o meu pão de cada dia
Que haja melodia pra eu poder evitar
Tudo aquilo que eu não gosto e não quero gostar

Inevitavelmente eu me torno vagabundo
Não quero trabalhar pras desgraças desse mundo
Deixe que eles falem, deixe que eles gritem
No mundo das verdades, palavras não transmitem nada

Seguir na pura calma é o que eu quero pra mim
Pra não vender minha alma quando chegar no fim