Verdes campos, verde vida Toda a campina florida De repente escureceu Fez-se noite em toda a parte E porque o sonho não parte Fiquei só apenas eu Uma certeza me deste E nela o sabor agreste Da sina que foi traçada A parra do azevinho Já nasce trazendo espinho E morre quando pisada E morre porque não sabe Que alguma parte lhe cabe De tanta coisa perdida Algo mais amargo e doce E sempre, se mais não fosse Verdes campos, verde vida Nada tenho, resta apenas Esta roupagem de penas Mais pobre que um pobrezinho Mas quando a morte chegar Eu sei que posso voltar Ao verde do meu caminho