Manifestos à luz do poste Entre vultos, vozes sem vida Onde o avulso e o fósforo têm a única luz que guia Meu rumo sem turno, eu vejo tu em seu Mundo sem eu, bem melhor E funcionando em harmonia Enclausurando o que me enlouquecia Enlouqueço quem se conhecia Questiono suas doutrinas Seus reis, leis, heróis e rainhas Sua paz frágil, eu sou mais ágil Assim que ensina a esquina O eficaz é o que fala mais baixo Quem se cala é o mais sábio Quem se mostra é o mais fraco pros mais fraco Eu li pra não ser tão rude Sempre fui ruim de atitude, mas meus conceitos foram lapidados Ao ter na mão mesma missão lá do passado Passa o tempo e nóis tá aqui correndo pra tentar ser livre Viver o que eles dispensam em troca de enlatado Norte-americano, de série, fordismo e os caraio, ó E eu me sinto só E prossigo só, tipo sombra Fazendo rimas pra assombrar Quem não consta pra somar, não tô pra brincar Tô quase chegando pra cobrar e pra quebra essa porra E é só nóis aqui Gritando alto pra ninguém ouvir Não sei se dá pra ouvir Se tem alguém pra ouvir Pro papo reto eu vim Não sei se querem, porém devem me ouvir Não sei se me ouvem lá Não sei se me ouvem lá Se podem me ouvir Não sei se me ouvem lá Não sei se me ouvem lá Se tem alguém pra ouvir Não sei se me ouvem lá Não sei se me ouvem lá Se podem me ouvir Não sei se me ouvem lá Não sei se me ouvem lá Minha inconstante mente agressiva rasga minha rotina Sina que para e move minha vida, ã Seria nada sem isso Serviu pra nada um tempo e hoje paga meus vícios Paga as minhas contas Mas isso não é nada mais Do que a recompensa de quem paga por sonhar demais Sem tempo perdido, queixo erguido A luta segue e quem achou que ganhou foi vencido Me pergunto se isso vale Busco respostas e exijo que meu alter ego fale Vivo num detalhe de uma obra expressionista E deixo pistas pra que entendam o que falei A possibilidade de um outra realidade E seus sistemas surgem quando tu dá play nessa Não tenho pressa Cada qual tem seu próprio tempo pra entender Mas quem aponta sempre tem pressa Por essas e por outras que eu sigo mudo Respiro fundo, ouço o meu silêncio Esqueço o mundo Retomo do começo e subverto tudo Passo no escuro de capuz pra não ser visto Enquanto eu sigo aqui gritando alto pra ninguém ouvir Não sei se dá pra ouvir Se tem alguém pra ouvir Pro papo reto eu vim Não sei se querem, porém devem me ouvir Não sei se me ouvem lá Não sei se me ouvem lá Se podem me ouvir Não sei se me ouvem lá Não sei se me ouvem lá Se tem alguém pra ouvir