Na procissão todos marchavam em um passo qualquer E liam frases num folheto E sequer trocar olhares conseguiam, meu Deus... Na procissão o vento frio que carregava os fiéis Assoviou uma canção que feriu Todos passaram a lamentar sem razão A ladainha então, por fim, repetiu A trajetória sem querer da paixão E alguém gritou no meio da multidão Erguendo os braços pareciam enfrentar Todo o silêncio e começaram a cantar A melodia de amor, ai, meu Deus... Na multidão, a melodia começou a viver E algumas bocas começaram a sorrir E o passo torto começou acertar E o vento frio parou, desapareceu E as mão podiam então, por fim, se tocar E a multidão passou então a rezar