Zita Carreiro e Carreirinho

Espelho da Vida

Zita Carreiro e Carreirinho


Quando eu olho no espelho, que desgosto
Vejo meu rosto completamente mudado
Neste momento eu relembro com saudade
A mocidade que ficou lá no passado

Também relembro o tempo da boemia
Das noites frias e das minhas lindas canções
Só resta agora aqui dentro deste peito
Sonhos desfeitos e tristes recordações

A minha vida foi um passado risonho
Parece um sonho que agora fui despertar
Tempos felizes que de mim bem longe vai
Não volta mais, eu nem quero recordar

Sinto o cansaço, tenho as perna enfraquecida
É o fim da vida que já vem se aproximando
Eu reconheço que já estou ficando velho
Nestes caminho para o fim vou caminhando

Peço aos amigos para o dia que eu morrer
Mande escrever em minha campa um letreiro
Jaz um boêmio no sono da eternidade
Deixou saudade para os velhos companheiros

Entre as mulheres que eu amei em minha vida
Só uma fingida que feriu meu coração
Espero um dia em minha campa ela chegar
Há de chorar e implorar o meu perdão