Grande poeta que adormeceu de manhã quando a Lua, sua irmã, no poente repousou No horizonte despontava o Sol menino, quando o Sol do seu destino no seu peito se apagou Deixou no mundo semeado poesia, deu calor às noites frias, e às trevas claridade Qual uma ave o poeta foi embora pelo infinito afora sob as asas da saudade Você, poeta, que cantou pros pirilampos, conversou com a flor do campo Entendeu o sabiá Hoje choramos o poeta que perdemos, todos juntos lhe dizemos Durma em paz grande Goiá Grande poeta, deixa cair vossos versos sobre os campos do universo Que tanto você amou Olhe as estrelas, lindas flores de saudade No jardim da eternidade que em vida você cantou No grande livro azulado do infinito seus versos estão escritos pelos raios do luar Porque o poeta nunca morre, ele adormece E o mundo lhe manda preces para você descansar