O sangue corre no asfalto Vermelho-sangue, estilhaço Policial alcoolizado Nariz pingando, cheirado Ser MC né só palco Bitch, wisky e barro Os cria passando é enquadro Por que é sempre preto esse quadro? Tiro de uzi pro alto Não, tiro de uzi no baço Elza Soares, é fato Carne preta no mercado É real o preço é barato Botem as mãos para o alto Não é show de Ivete Sangalo Suassuna, segura esse auto Filmei escondido esse ato pelo celular Maloquei na mochila Uma ranger marrom sequestrando minha cor Seria um roteiro pra José Padilha Estava disfarçando Quando fui chamado Por um daquele batalhão Perguntou sobre a rua Onde eu morava E seu pertencia a Facção Trouxe vocabulário engajado Professor e rapper é minha profissão Lamento senhores, desculpa Mas eu não posso ajudar na missão Fui salvo pelo cabelo Discurso, minha roupa de rapper Linguagem formal Os canas se olharam espantado Um preto do gueto marcando plural Pivete cheio de hematoma Algemado, gemendo Pedindo socorro Chame minha mãe, minha tia Se não vou morrer nesse carro Um bagulho mó onda! Yáá Por pouco o menino não ia Conhecer a estrada do CIA Ele é estudante, soldado Valeu, professor, obrigado Bota, farda, arma, rota, tiro Mata, pino, pista, sangue, choro Grito, corre, corre Deu foi merda Grito alto, ambulância AcertaraM um idoso Homem novo, homem velho Sendo preto é necrotério Vermelho são os seus olhos Lágrimas de um homem preto Jorrando daquele jeito Viúvo no Rio de Janeiro Vermelhos são os meus olhos Desculpa Vanessa da Mata Vermelho-sangue escorria No chão da periferia Até hoje não deu em nada Cláudia de Souza arrastada Geovane, Joel, João Pedro Ágata, duda, Miguel A minha homenagem concedo Estejam com papai do céu Depois do dia da vingança A gente se encontra em wakanda PM protege a PM não muda Estuprando mulheres Lá na viatura Avisa pro soldado Prisco Tem muitas ovelhas Fora do aprisco Não aguento mais Assistir essa novela Um rio de sangue Que nunca nivela A tropa invadindo a favela Sem ordem, atirando, causando Matando Mandelas Ser MC né só palco Bitch, wisky e barro O sangue corre no asfalto Vermelho-sangue, estilhaço Aqui capitão maioria Trabalha E os que não trabalha Não te atrapalha Seus porcos de farda Invadem as casas Acabando com tudo Prendendo Dandaras Policial alcoolizado Nariz pingando, cheirado Os cria passando é enquadro Por que é sempre preto esse quadro? Tiro de uzi pro alto Não, tiro de uzi no baço Elza Soares, é fato Carne preta no mercado É real o preço é barato