Favela chora, Itinga chora Curuzu chora, mais uma mãe chora Milícia que mata, e merece medalha Pretos se matando, sangue no chão Água vermelha correndo sem fluxo O clima aqui e de solidão Sou mais um soldado lutando sozinho Sobrevivendo num mundo mesquinho Cidrak se foi, Israel se foi Quem irá trazê-los de volta? Pra temer e Ruy costa é troféu Mas, para as mães dor e revolta Volta, daqui a pouco tem carnaval Começa tudo de novo Esquecerão do soco Que o homem de farda deu na folia Eu estou triste, triste Esses dias não ouvi Don L É que o governo racista e genocida Matou a Irma Marielle Droga, Marisa de carvalho Nóbrega Morta a coronhadas Pelo estado machista e golpista Vocês vão me pagar à vista Pelas mortes dos pretos Pelas mortes das pretas Eu estou montando um exército Tático, pragmático, no gueto, how Guerreiro, guerreira, avante Aqui não é comedia de Dante Não há paraíso, não há purgatório Só choro, caixão, flores e velório De que vale o meu diploma da federal Se minha cora e o bairro em que moro São passaportes para o meu funeral Facção mandando mais um espelho para a vala Não tem habeas corpus a justiça é feita a bala Residência fixa não te salva do fuzil O sistema aplaude mais um preto que sumiu E é barril, viu? A favela sangrando, mídia passa pano, Intervenção militar A guerra aumentando me chame Quando a favela descer para cobrar