Plantei um sítio no sertão de Piritiba Dois pé de guataíba, cajú, manga e cajá Peguei na enxada como pega um catingueiro Fiz aceiro botei fogo, "Vá ver como é que 'tá" Tem abacate, genipapo e bananeira Milho verde, macaxeira, como diz no Ceará Cebola, coentro, andú, feijão de corda Vinte porco na engorda, até um gado no curral Com muita raça, fiz tudo aqui sozinho Nem um pé de passarinho veio a terra semear Agora veja, compadre a safadeza Começou a malvadeza, todo bicho vem prá cá Num planto capim-guiné Prá boi abaná rabo Eu 'tô virado do Diabo, eu 'tô retado cum você 'Tá vendo tudo e fica aí parado Com cara de viado que viu caxinguelê Sussuarana só fez perversidade Pardal foi pra cidade Peruá minha saqué (qué, qué) Dona raposa só vive na mardade Me faça a caridade, se vire dê no pé Sagui trepado no pé da goiabeira Sariguê na macaxeira, tem inté tamanduá Minhas galinhas já não ficam mais paradas E o galo de madrugada tem medo de cantar Num planto capim-guiné Prá boi abaná rabo Eu 'tô virado do Diabo, eu 'tô retado cum você 'Tá vendo tudo e fica aí parado Com cara de viado que viu caxinguelê Num planto capim-guiné Prá boi abaná rabo 'Tô virado do Diabo, eu 'tô retado cum você 'Tá vendo tudo e fica aí parado Com cara de viado que viu caxinguelê Num planto capim-guiné Prá boi abaná rabo Eu 'tô virado do Diabo, eu 'tô é, eu 'tô é retado cum você 'Tá vendo tudo e fica aí parado Com cara de viado, homi, que viu caxinguelê Arruma, arruma é, com dois ele chega Oxente, o Piritiba, uma saudade arretada