Tom: A A Autoridade Essa mulher me trata feito um cão danado Desde que eu me casei D E me maltrata e me ameaça E me esculhamba e me escorraça A Desde que eu me enforquei E Bem no começo ela dizia D Que era amor pra toda vida A E eu acreditei A Um belo dia o pai da doida Apareceu na minha porta Armado pra me matar D “A minha filha embarrigou E pro seu lado apontou A Agora tem que casar" E E eu caí na arapuca D Dessa filha de uma louca A Eu tive que aceitar A Eu me casei e trabalhava Feito burro na seara Pra manter sua gastança sem fim D E quando à noite eu procurava Ela dizia: “eu tô cansada" A E se virava sem boa noite ou beijinho E D E me chamava de cachorro viciado A Se eu saia com os amigos Pra tomar um chopinho “Aí eu não agüentei e pedi arrego" A E bem no dia da partilha Ela chorava feito artista A vigarista é muito cara de pau D E o juiz só anotando Com a cabeça concordando A E me encarando com uma cara de mau E O resultado cê já sabe D Todo mês perco a metade A Do meu minguado pacotinho de sal A Ela só vive reclamando Que a grana que eu mando Dá pra nada, é micharia, é trocado D É que o dinheiro da pensão Ela só gasta em porcaria A Baton, brinco, anel e sapato E E se eu atraso só um dia D Venho pra delegacia A Me explicar pro senhor, seu delegado A Autoridade Essa ariranha acha que eu sou milionário Até cueca andou tomando de mim D Mas é que eu vivo de salário E esse mês um salafrário A Me roubou o pagamento inteirinho E E se agora eu tô em cana D É porque hoje eu tô sem grana A Sem ninguém pra sentir pena de mim “Aí, seu dotô, solta o cara, né..."