Recordo ainda meu tempo de criança A fazenda onde fui criado Ainda guardo por lembrança Um velho terno bem desbotado Com sol e chuva de madrugada Levava o gado no curral Percorria toda invernada Tudo era bom e natural O carro de boi cantava Percorria o estradão Na colheita sempre transportava Café, arroz, milho e feijão Nos bailes e festas juninas Pisava nas brasas de São João Namorava lindas meninas Tudo passou foi só ilusão Do passado tenho recordação Acabou toda felicidade O progresso da evolução Trouxe o povo pra cidade O lavrador ainda tem esperança De novamente plantar e ter fartura Encher o paiol com bonança Ter sua vida mais segura