Tão belo sol brilha no horizonte Pintando no céu novo dia O pincel colorindo aquarela Que o bom pescador principia Hora de partir para o mar Enfrentar com certeza o remanso Depois de pescar um descanso Na rede que aprendeu navegar Tainheira em sua persistência Com tantas linhas a arte lhe deu Sua imagem bem retratada Nas histórias que o tempo escreveu Sempre firme nessa caminhada Sustentando a luta com atitude Pra ensinar a nossa juventude Preservar essa terra sagrada Cacimba da baixa e baixa do grito Lagoa doce, varjota, soledade Pau feito, canto da imburana Mangue seco um e dois igualdade Diogo lopes, barreiras, sertãozinho Chico martins a comunidade Segue a força da unidade E desenhada no mesmo pergaminho O rio na união da reserva Faz mais forte, mais fértil esse chão O estuário que a mãe natureza Fez juntar o litoral com o sertão Entre campos de dunas leveza Do vento nas flores da caantinga Enseada que acolhe a restinga Com seu povo pleno de gentileza O facheiro brota no cristalino Traz o cheiro da preta jurema O carangueijo correndo ligeiro Menino cata como um poema Lição do mestre carpinteiro Que constrói barco da quixabeira Vai subindo a maré pesqueira E motivando cada companheiro Qualidade de vida que move Respeitando o mangue sapateiro Pra tirar dele vosso sustento Tem nas mãos o bravo canoeiro O boto vez em quando aparece E enaltece o cavalo marinho O milagre de cada peixinho Faz a vela se erguer numa prece Tão bela a nossa ribeira de simplicidade nativa um lugar que convida de gente hospitaleira Área de conservação do sertão com o mar, então vem viver e cuidar da ponta do tubarão