Sinos badalaram Na porteira da fazenda Anunciando a chegada do boi Que veio receber a comenda Comprovar o seu laurel Comprovar o seu laurel Tem rodeio, tem festança É feriado no sertão Boi malhado é troféu É boi Peão carreador Peão carreador Peão carreador Vai depressa ao cerrado Enfeitar o boi malhado Sinhazinha que mandou O povo em mutirão Andou léguas, léguas a pé Pra ver consagrar o boi Pra ver coroar o boi A convite do coroné Ê boi Nas planícies onde passou Deixou as marcas no chão Desempenhou todos os papéis Nas folhas dos canaviais No barro dos cafezais Matou cobra com os pés Matou cobra com os pés Só um laço que o laça É o laço do amor Ele é reprodutor Ele é competidor Um exímio campeão De todas as competições Competições Nas bandas do meu sertão Ê boi A linda imagem do boi Já fizeram esculpir Pra ser guardado por lembrança Ele hoje é suvenir Ele hoje é suvenir Pra que não mediu distância Pra que não mediu distância Pra ele aplaudir Ê boi Peão carreador Peão carreador Peão carreador Vai depressa ao cerrado Enfeitar o boi malhado Sinhazinha que mandou Ê boi