Zeca Alencar

Um Berrante Vadio

Zeca Alencar


Uma chuva na roça 
Logo no amanhecer 
Um cavalo selado 
Pra eu e você
Um berrante vadio 
E uma viola ponteada 
E os sonhos longos 
Nesta estrada 
Eu vou buscar, buscar
A realidade,

De manhã o galo canta
Eu começo observar 
Sinto a voz do interior 
Logo começo a cantar 
E o cheiro da boiada 
Que começa a se espalhar 
Por todo canto da fazenda
Quando começo a cantar,

Viva a Deus que nos criou
E a paz toda estendida 
Que me fez cantador 
Nestes versos tão compridos 
E essa voz que vem do peito 
Desse jeito não jeito 
De voltar.