Zebeto Corrêa

Moinhos de Vento

Zebeto Corrêa


Alguns amigos ficaram na esquina
Alienados sobre o fazer do vento
Enquanto a vida eternamente viva
Locomotiva posta em movimento

Amigos, por excesso de cuidados
Outros, por descuido calculado
Perderam-se entre as fendas do tempo
Perderam-se entre as fendas do tempo

Alguns amigos já não ligam mais
Perderam o jeito para os movimentos
Quem, afinal, nunca se viu sem rumo?
Quem, afinal, nunca sangrou por dentro?

Eu cá, por mim, quero seguir adiante
Tal qual Quixote, cavaleiro andante
Meus versos versus moinhos de vento

Lanças e espadas outrora usadas
Encasteladas no museu do tempo