Me dê licença, meu cabra, Porque hoje deu um nó. Não sei se toco ou se danço No bate-chinela ou fobó. O triângulo e a zabumba E a sanfona do jacó Logo cedo estranharam A chegada do teclado E da guitarra, olhe só. Padim ciço, me perdoe Se levanto um quiproquó: Pé-de-serra é tão bom! Pra que tanto rococó? Modernismo eletrônico É aceito em mossoró? O que pensam em juazeiro, Em natal e brogodó? Já falei pro dominguinhos Que me faz falta um xodó. E que a saudade do luiz Amarga que nem jiló. Nordeste não é só a seca Pra se cantar num forró. Tem muito assunto arretado Dando sopa no gogó. Eu já gastei fala mansa Com lorota de dar dó. Vou pra sala de reboco Cair no forrobodó.