Soprava o minuano quando Ana viu Pedro Missioneiro Ana ficou com o corpo inteiro Sedento de deitar na sanga Nem viu a zanga da família E ela na sanga mergulhou À água do poço juntou A maré que por dentro tinha Quando Pedro tocava flauta Ana se tocava também Seu corpo parecia bem Terra pronta pra ser semeada Soprava o minuano quando Pedro venceu todo o medo Na salamanca dos segredos Que era o corpo de Ana A morte usando chiripá Girou a roca do destino Mas o tempo trouxe um menino Para a história continuar Ana amou e viveu de birra Rosa mística encarnada A saudade é punhalada Na rosa que por dentro grita É nos versos desta milonga Que a dor do amor mais se expande Nas coxilhas do Rio Grande Nas coxas e peito de Ana Soprava o minuano quando Ana ouviu aquele som de flauta Os beijos que faziam falta São dados pelo vento em Ana