Pobre, meu pai Quatro punhos espalhados no ar Oito olhos vigiando o quintal E o meu coração de vidro se quebrou Doido, meu pai Sete bocas mastigando um jantar Sete loucos entre o bem e o mal E o meu coração de vidro Não parou de andar Odei, meu pai A marca no meu rosto É do seu beijo fatal O que eu levo no bolso Você não sabe mais E eu posso dormir tranquilo Amanhã, quem sabe Hoje, meu pai Não é uma questão de ordem Ou de moral Eu sei que eu posso até Brincar o meu carnaval Mas meu coração é outro Simples, meu pai Faça um samba enquanto o bicho não vem Saia um pouco Ligue o rádio, meu bem Não ligue que a morte é certa Não chore que a morte é certa Não brigue que a morte é certa Não ligue que a morte é certa