Tombam árvores, morrem índios Queimam matas, ninguém vê Que o futuro está pedindo Uma sombra e não vai ter Pense em Deus, alerte o mundo Pra floresta não morrer Devastação é um monstro Que, à natureza, atropela Essas manchas de queimadas Que hoje vemos sobre ela São feridas que os homens Fizeram no corpo dela Use as mãos, mude uma planta Regue o chão, faça um pomar Ouça a voz do passarinho A floresta quer chorar A natureza está pedindo Pra ninguém lhe assassinar Quando os cedros vão tombando Dão até a impressão Que os estalos são gemidos Procurando compaixão As mãos do homem malvado Que os matou sem precisão Mas, quando Deus sentir falta De um pau que já foi cortado O homem, talvez, procure Por a culpa no machado Aí, Deus vai perguntar E por quem foi, ele, amolado? Fauna e flora valem mais Do valor que o ouro tem A natureza é selvagem Mas não ofende a ninguém Ela é a mãe dos seres vivos Precisa viver também Ouça os índios, limpe os rios Faça a Deus este favor Floresta é palco de ave Museu de sonho e de flor Vamos cuidar com carinho Do que Deus fez com amor Use as mãos, mude uma planta Regue o chão, faça um pomar Ouça a voz do passarinho A floresta quer chorar A natureza está pedindo Pra ninguém lhe assassinar