Sou um nego um bocado esbagaçado Sou o vatis das glórias desta terra Sou a febre que chama berra-berra Mastigando eu sou cobra de viado Sou jumento pru fora do cercado Sou tabefe que dero em seu Lameu Se tiver bom guardado bote n'eu Seu caminho de bonde ruim, estreito Você hoje me paga o que tem feito Com os poetas mais fracos do que eu Mas de trinta da sua qualistria Não me faz eu correr nem ter sobrosso Eu agarro a tacaca no pescoço E carrego pra minha freguesia Viva João, viva Zé, viva Maria Viva a lua que o rato não lambeu Viva o rato que a lua não roeu Zé Limeira só canta desse jeito Você hoje me paga o que tem feito Com os poetas mais fracos do que eu