Zé Helder

Porteira

Zé Helder


A porteira é a fronteira 
Que meu coração reparte 
A lembrança que permeia 
Minha dura realidade 
Se a caminhada do tempo 
Não há grito que retarde 
Vou rezar só pra que o vento 
Nunca vire tempestade 

Não nasci pra ser doutor 
Me arrelia a obrigação 
De esconder de todo mundo 
O que diz meu coração 
Se nas curvas da estrada 
Nem sempre se escolhe o rumo 
Se a viagem é tão incerta 
Deixa que eu mesmo me arrumo 

E é justo agora que você vem me dizer 
Que me aceita como eu sou 
E assim como eu quero ser 
Não vou lutar contra o que me faz feliz 
Eu sou assim mesmo 
Meu coração está do lado de lá da porteira