Aquele avião que caiu na mata Levava dois noivos em Lua de mel Porém quis a sorte que eles não morressem Pra viver perdidos na mata cruel Presos por duas tribos de índios guerreiros Foram obrigados a viver ali Sem que um tivesse notícia do outro Morando nas matas de Guarapari Passaram-se os anos e num certo dia Os índios Xavantes contra os Caiapós Nas margens serenas do rio Iguassara Travaram-se em luta num furor atroz E eis que na frente da cruel batalha O moço avistou-se com seu grande amor Largou sua flecha correndo abraçá-la Como a borboleta ao encontrar a flor E quando seus lábios num beijo se uniram Uma flecha fria seus corpos varou Nas águas azuis do rio Iguassara Tombaram abraçados e a tarde chegou O Sol colorindo a face das águas Foi dando o encanto de um lindo painel Tudo parecia festejar os corpos Dos noivos que estavam em Lua de mel