Toc, toc, toc, toc, toc, toc Nesta toada o burrinho do João Toc, toc, toc, toc, toc, toc Sempre com pressa para entregar o pão Pobre burrinho foi ficando enfraquecido Muito magro, deprimido, quase nem podia andar Mas o João precisava do dinheiro Castigava o dia inteiro lhe fazendo trabalhar Toc, toc, toc, toc, toc, toc Nesta toada o burrinho do João Toc, toc, toc, toc, toc, toc Sempre com pressa para entregar o pão E nesta lida os anos foram passando O João foi melhorando, o seu progresso cresceu Com a vitória tudo se modernizou O João, rico ficou e o burrinho ele esqueceu Toc, toc, toc, toc, toc, toc Nesta toada o burrinho do João Toc, toc, toc, toc, toc, toc Sempre com pressa para entregar o pão Vejam senhores, o destino é traiçoeiro Foi um outro carroceiro o seu último patrão Ele morreu puxando lenha, um certo dia Pros fornos da padaria que pertence a João Toc, toc, toc, toc, toc, toc Nesta toada o burrinho do João Toc, toc, toc, toc, toc, toc Sempre com pressa para entregar o pão Já não se ouve mais os passos do burrinho Está morto o pobrezinho, tudo enfim se acabou O toc, toc terminou, não tem mais pão E o ingrato do João dele não mais se lembrou Toc, toc, toc, toc, toc, toc Toc, toc, toc, toc, toc, toc Toc, toc, toc, toc, toc, toc Toc, toc, toc, toc, toc, toc