Cumpade joão de otilia Lá da fazenda guará Foi passá quarenta dia Prás banda da capitá Comprou muita nuvidade E quando vortô prá roça Cumeçô a se amostrá Trôxe um tá dum lépi tópi Duas máquina de lavá Computadô importado Telefone celulá Uma máquina de cuspir A bicha cospe ki-suco, Café, leite e guaraná Cospe água na quartinha Suco de maracujá E tem ôta mais bunita Que inté chico do muquém Pidiu a zé de caindinha Qui mandasse de são paulo Uma prá ele também Mandaro na incumenda Um chamado devedê É coisa tão da muzenga Que inté chico bedêu Quando viu o movimento Muntô logo no jumento Fez carreira e se escondeu Eme pê três, pleisteitio, Televisão digitá, Palmi topi, notebuque, Carro cum teto solá, Tratô cum vidro fumê, Ultraleve, autorama, Automove sem pedá Uma buneca qui fala Ispingarda cum radar Um avião qui nos prédio Fica parado no ar Outro avião bem piqueno Qui no remoto se guia Sem ninguém prá pilotar Duas moto bem novinha Prá se andá no sertão Os matuto admirado Apertando nos botão Um gravadô bem pequeno Qui cum mais de mil cantiga Cabe na palma da mão Alugou para os matuto Aumentô logo a poupança E de avião vortô Foi morá prá lá da frança Na espanha se casou Cum dois ano ele vortô E hoje vive na lembrança E assim vou encerrando Essa história populá De cumpade joão de otília Matuto do ceará Qui ganhô muito dinheiro Alugando pros matuto Aparelho digitá