Volta, a minha espera não cabe nas horas E a saudade galopando o tempo rasgou o meu peito com suas esporas Venha desmentir Meu pranto e o tanto que eu já sofri Ordene as lágrimas o curso inverso e preencha os versos em que eu não te vi Diz que as noites que atravessei em claro Foram breves caros intervalos entre o pôr e o nascer do sol Se existe um Deus para zelar por nós Por que existe o adeus como algoz arrebentando as linhas de uma vida? Se meus sonhos são escritos com a sua letra Nesse ardil Se seu perfume rega o meu desejo como aceitar que você já partiu?