Zahir Batista

Vim do Sertão

Zahir Batista


Vim do sertão de Equitós
Calma, silêncio alegria
Lembro meus pais, meus avós
Aroma de amor e poesia

A Lua deitava no chão
Tranquila junto à ingazeira
De manhã cantava o corrupião
Sanhaçu na flor de mangueira

Molhar os pés lá na fonte
Sentir um cheiro de melão
Feliz sem pensar nem na sorte
Sem ter medo da solidão

Agora que tudo passou
Eu sigo sempre a recordar
O conto que a gente sonhou
Cenas que me fazem chorar

Agora que tudo passou
Eu sigo sempre a recordar
O conto que a gente sonhou
Cenas que me fazem chorar

A tarde juriti no ninho
A noite vinho, lambari
Seguiu pra outra reta o caminho
E eu vim parar por aqui
(Repete-se Refrão)