Degustei o veneno do cálice Apreciei minha alma em ápice Me olhei no espelho e sorri Sou o reflexo positivo das coisas que vivi Tragédia sempre tem algo de bom Pensamentos, sonhos, visões pra quem ouve meu som Essa porra é carma e cês acham que é dom Vários conflitos internos que no caderno mudam o tom Eu já quis muita coisa Hoje só quero ouvidos Não adquiri nada Priorizei sentidos Fiz do amor serviço Dei luz ao invisível Eu conversei comigo Cada vez mais me admiro Longe de morrer tipo narciso Auto estima é lixo De uns anos pra cá que tive isso Longe de morrer trocando tiro Minha saída eu crio Quero meu bonde fora de conflito Em tudo me arrisco Nunca me limite Desde quando sei contar quem não soma, divide Cada passo penso nos 10 seguintes Enquanto os cabaço só esperam 4 e 20 Sou mais um produto da história triste Conheci anjos e demônios Nada que me identifique Sou cabrunco Cacique Goytacá Dando minha vida pelo que eu vou cantar Na rua causo medo e mermo assim em casa Tortuga não confia no que tem fora da casca Imagem é farsa Se fingem ser o que não são Imagina os que são e não demonstram Todo final é no caixão Mas o que fez antes de ir? Deixou saudade? Fez alguém sorrir? Se perguntarem, deixei isso aqui Abdiquei amores e amigos que não apostaram em mim Estendi a mão só pra quem foi sincero Toda minha angústia ficou no cinzeiro A chance pra um preto pobre entre 100 é 0 Se tô aqui é porque matematica é um erro Tem vinhos e corações no acervo Mil defeitos de um homem perfeito No mundo sob efeito Alguns vícios já vem de berço Conheço, controlo e não me perco Preso na ambição mas sei que é pressa E ainda prezo fazer tudo do meu jeito Minha vida é arte, sou público e direto da peça Eu sou a noite Preto Liberdade pra nós tem preço