Eu que não sou mulher Apenas em 8 de março Eu também uso meus braços Pra lutar nessa guerrilha Eu que não sou Anita Hilda furacão nem acho Traço de antepassado (meu) na capa de revista Eu que não tenho cifras Falo a língua do meu povo De sorriso verdadeiro Brasileira brasileiro Eu que de tanto apreço De Adriana Calcanhoto De um verso de um livro De um brilho de um sonho De um circo de um mito Um Caetano Veloso Das janelas sem cortinas Das fogueiras sem lareiras Dos sapatos apertados Dos valores na sarjeta Se as praças tão vazias Na final de campeonato Meu consolo não é parco Na ausência da canção