Yunnin

Homicidio (remix)

Yunnin


Eu pintei as paredes do meu quarto de vermelho
Com o sangue que escorria do meu peito
Até beijar o chão
Eu guardei os meus pecados debaixo do colchão
E toda vez que eu me deito

Você me assombra, pensamentos fofos, sujos, todos juntos
Somam, no peso dos ombros, surgem à tona os hematomas
E o mundo me toma os querer
Cortes profundos são os desejos de vencer
Em cenários que já perdi só por da a cara a tapa
Mais uma vez, tô a mercê da minha carne fraca
E é um, dois, três pra nós se ver, e se esquecer das farpa
Mas demorei e percebi, você nem teve aqui, então, Yunnin, escapa
Nostalgia sem risos, Melancolia é mato, fiz o
Meu mundo em cada faixa, sem dar prévio aviso
Agora, Luzes Frias insur-giram no fundo do abismo
Emocional que cismo em deixar viver atrás do riso
Grito abafado que lido, entre as mensagens não lidas
É mais que carne, líbido, imensidade esquecida
De sentimentos vividos, que a gente faz que não liga
Por tanto tempo
Que já perderam a vida

Talvez a gravidade me solte
Das covas que eu cavei tentando te enterrar
Eu já me matei tantas vezes
Na fumaça do cigarro que me queima

Me sinto parado no tempo, tudo revivendo
Mas são zumbis e não entendem, não tem nada dentro
É tudo grito de agonia, memorias de vento
Corpos corroídos por ódio a perseguir venenos
Isso era minha terapia, agora é meu veneno
Mas é bizarro ver que me sinto melhor assim
Eu olho pros meus medos e digo se é bom, vem memo
Que a tinta tenha o que queremos expurgar de mim
Pense que fiz essa pra ti, pensei nisso também
Aí no fim eu percebi, que o egoísmo convém
Vale deixar a culpa fluir entre as dores que vem
Fazer de conta que não é nada, não sei lidar bem
De qualquer forma, eu sei, eu pensei isso também
Aí no fim eu percebi, que o egoísmo convém
Vale deixar a culpa fluir entre as dores que vem
Mate essas dores que vem

Eu virei cinzas tentando ser
O que você sempre sonhou
Eu virei cinzas tentando ser amor