O reggae é o movimento que gira e que mexe, Que exprime o som do gueto, Que fala o que acontece, É o choro lá de dentro de uma preta oprimida, Sofredora, mãe solteira o tempo inteiro na corrida, Sobe lá, desce cá, Com seu filho no carrinho, Ao som de bob marley, hip-hop em seu radinho bem Humilde, Vai descendo a viela, os catadores de papel, A poesia da favela. Deixa! Que o som do gueto vai invadir o seu quintal, A chuva fina no ali vira o temporal, Invade e vaia o som do gueto. Veja! Genuinar como se fosse um coral, Puxando as notas numa única bemol, A preta expressa o som do gueto. A noite vem chegando Sobe a lua, desce o vinho Põe mais lenha na fogueira, Eu sou favela com carinho, O reggae não é moda, É um modo de vida, E rastafari não é piá de prédio, Que não tem vida sofrida, Ouça aí, Analisa o que eu tenho pra falar, Nasceu na realeza e querem nos representar, As palavras não exprimem o sentimento, Deixa nós aqui do gueto mandar nosso lamento. Deixa! Que o som do gueto vai invadir o seu quintal, A chuva fina no ali vira o temporal, Invade e vaia o som do gueto. Veja! Genuinar como se fosse um coral, Puxando as notas numa única bemol, A preta expressa o som do gueto. O hip-hop faz o trem Leva a riqueza do país, Me acode quando estou feliz, Invade e vaia o som do gueto. Veja! Genuinar como se fosse um coral, Puxando as notas numa única bemol, A preta expressa o som do gueto.