Sabe o cacique pampeano Ruflo de pátria e bandeira Que nasceu de alma altaneira Numa dobra de altiplano Misto de terra e minuano Que sabe tropear sozinho Dono de um próprio caminho Costa abaixo, ou repechando E assim, seguia cantando, Como quem reza baixinho E o destino pealador Num tirão seco e bem fundo Empobreceu mais o mundo Pealando a este cantador Um mestre caminhador Que andou na pampa antevendo Pra sempre ficará sendo No renascer outra vez Pois igual um sangue inglês Morreu na reta correndo [Mas ficará a luz estranha Contraponteando a paisagem Da sua mágica mensagem Que tempo adentro se entranha Por isso que na campanha Eu sou um potro no palanque Pois não nasceu quem arranque Da alma deste planeta "Los Ejes De Mi Carreta" De Atahualpa Yupanqui] Erguem-se as vozes paisanas Com verso, guitarra e gaita Pra entronizar este taita Das salamancas pampeanas Pois as ânsias haraganas Que também soube cantar Continuam a pulsar Pra matar as nossas sedes Do Oiapoque a Mercedes E de Paris ao velho Alvear Adiós, adeus, pajé dos vaqueanos Que ao tranco se foi embora E que levou mundo afora Os ideais americanos Tenía tantos hermanos Nos galpões da humanidade E com tanta propriedade Dizia a cada manhã Que também tinha uma irmã Chamada de Liberdade