Meu zaino véio cola grossa e barrigudo Que sempre comeu de tudo com muita disposição Comendo alfafa muita páia de coquêro Quebra mio o ano inteiro no inverno e no verão Vai bater pata com a égua da Firmina Mestiça da cola fina das que não tem pé no chão Égua pa artista e toda cheia de frescura Qué cenoura e rapadura pra misturá c’oa ração (2x) Temo toreado mais ou menos quaje um ano Pra corrê de mano a mano com setenta em cada esquina Pobre da eguinha se virá lançante abaixo Que o meu zaino além de macho é pior que praga de madrinha Meu zaino véio cabeçudo, grosso e feio Vai certinho de jardeio sempre sai limpo e folgado Esta rabo sujo toda cheia de mirola Já faz a rebolhe a cola no decrinado pelado (2x) Comércio grande tinha gente a dar com pau O povo de São Nicolau, de Garrucho e de São Luiz De São Miguel, de Santiago e Santo Antonho Tinha um público medonho da outra ponta do país E a Firmina rapariga dinheruda china rica e topetuda Pras amiga bate treva Nas Carrera vai pelá o que o que tenho tudo Vai levá inté eu e o matungo pra morá na estância dela (2x) Quando gritaram já se vieram e já se foram Eu só escutei o choro da ricaça em desespero Meu zaino véio papou a égua da granfina E eu papei a Firmina num joguito que fizemo (2x)