Aqui os dias são todos iguais As conversas são banais O ar é seco e doente A espera é longa e dormente Tantas caras sem expressão Tento adivinhar quem são Todos os dias a mesma espera A luta é longa e desespera São vidas-anzol À chuva e ao sol Elas pagam pra viver Lutam pra não sofrer Não escapam à tortura Ao sabor da amargura Dias e dias nisto Amarradas ao imprevisto Horas vencidas, horas perdidas Almas adormecidas São vidas-anzol À chuva e ao sol